sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ESTUDO SOBRE ACIDENTES



Ministro interino das Cidades e ministro da Saúde divulgam estudo sobre acidentes de trânsito e consumo de álcool nas estradas 

Ter, 19 de Fevereiro de 2013 18:39 




O ministro interino das Cidades, Alexandre Cordeiro, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgaram nesta terça-feira (19/02) em coletiva à imprensa, os resultados da última pesquisa sobre o impacto do uso do álcool e sua relação com o trânsito.
Alexandre Cordeiro disse que "a segurança no trânsito está relacionada a três pilares importantes: a legislação, a conscientização e a fiscalização". Ele lembrou que a nova lei seca e as fiscalizações intensivas no Carnaval ajudaram a reduzir em 24% as mortes nesse período no país, comparado ao ano passado. Por isso, acredita que com uma legislação forte é possível intensificar a conscientização da população em relação ao trânsito brasileiro.
O ministro interino das Cidades ressaltou que a dobradinha - álcool e direção - têm uma influência muito grande nos resultados que levam o país ao 5º lugar no ranking de acidentes de trânsito. "É uma coisa que não temos como nos orgulhar. É por isso que o Ministério das Cidades sempre trabalha com o intuito de mobilizar a sociedade civil, para a importância da prudência ao dirigir", afirmou.
Cordeiro informou que o Ministério das Cidades, por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), já desenvolveu nove campanhas publicitárias relacionadas ao trânsito brasileiro. Dentre elas, seis ressaltaram o perigo da combinação álcool e direção. "É preciso entender que a lei não vem para punir e sim para salvar vidas", enfatizou.


Pesquisa

Os estudos realizados pelo Ministério da Saúde em hospitais públicos revelaram que o consumo de álcool tem forte impacto nos atendimentos de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento apontou que uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas nos prontos-socorros ingeriram bebida alcoólica. Segundo a pesquisa, 21% dos acidentes de trânsito estão relacionados ao consumo de álcool. Além disso, 49% das pessoas que sofreram algum tipo de agressão consumiram álcool. Os dados foram coletados em 2011 e analisados no ano passado.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha falou das ações que o ministério está desenvolvendo em relação ao número de acidentados e mortos nas estradas. Dentre elas, ele destacou o trabalho das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e a expansão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), onde foram investidos R$ 3,5 bilhões.
Padilha informou, ainda, que o Ministério da Saúde gastou R$ 200 milhões com internações no SUS, para vítimas de acidentes de trânsito. "Estamos juntando as nossas ações com o Ministério das Cidades e outros parceiros para mudarmos esse quadro", afirmou.
O ministro da saúde também enfatizou a importância da participação dos estados e municípios nessa luta para redução de mortes no trânsito. "Os estados que aumentaram a fiscalização com a nova lei seca conseguiram reduzir o número de acidentes durante o Carnaval. Isso prova que blitz, fiscalização e ações estaduais e municipais são fundamentais para a redução no número de imprudências nas estradas e rodovias", disse.

A coletiva foi as 14h30, no auditório do Ministério da Saúde.

As drogas em números - 2011



Em levantamento apurado no ano de 2011:

124.947 trabalhadores receberam auxílio doença pela Previdência Social pelo uso de substâncias químicas (lícitas- álcool ou ilícitas-cocaína);
 

R$107.500.000,00 gastos para custear os afastamentos;


17.000 gaúchos afastados do trabalho por causa de drogas, em média por 3 meses;

RS em 3°lugar no ranking de maior quantidade absoluta de afastamento (atrás de SP e Minas);

RS responde por 13,4% dos auxílios-doença concedidos para os dependentes químicos no país (tendo o RS apenas 5,6% de população);

SC em 1° lugar no país com 1 afastamento com auxílio  para  cada 469 habitantes;

RS  em 2° lugar no país com 1 afastamento com auxílio para cada 638 habitantes;

SP 1 auxílio para cada 1000 habitantes;

Minas 1 auxílio para cada 1.156 habitantes;

RJ 1 auxílio para cada 2.450 habitantes.



É POSSIVEL SAIR DESSA????

Superação -Recuperação

Professor colaborador do Departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), o psiquiatra José Manoel Bertolote ocupou, durante 20 anos, o cargo de coordenador da equipe de transtornos mentais e neurológicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Genebra. Consultor da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), pesquisador e especialista na prevenção e tratamento de usuários de drogas psicotrópicas, nesta entrevista ele fala sobre as reais chances de recuperação de dependentes de crack, avalia a importância da reinserção social e mostra porque é preciso mais que a desintoxicação para reduzir o índice de recaídas. “A desintoxicação, apenas, tem seu papel, no sentido de reduzir os danos a que o usuário está sujeito, mas é uma contribuição modesta”, avalia.

É possível abandonar a dependência de crack por conta própria, sem ajuda especializada?

Teoricamente, sim. Porém, isso depende de vários fatores, entre os quais o grau de dependência e o nível de apoio social e familiar que o dependente possui. O sucesso de qualquer tipo de tratamento para uma dependência química passa, em grande parte, pela vontade do usuário de se manter afastado da droga (abstinência). Sem isso, nenhuma proposta terapêutica funcionará. Entretanto, há que se considerar o fenômeno da comorbidade, ou seja, a coexistência no mesmo indivíduo de outros transtornos mentais (por exemplo, depressão, psicoses, dependências de álcool, transtornos graves de personalidade etc.) que, caso não sejam tratados concomitantemente, podem comprometer a recuperação Um diagnóstico adequado permitirá traçar uma abordagem terapêutica mais eficaz, que esteja ajustada às características do paciente.

É possível levar uma vida normal após o tratamento? O dependente pode freqüentar os mesmos locais que freqüentava antes e manter o mesmo círculo de amizades, por exemplo?

Sim. Se o "antes" se referir a antes do uso do crack, certamente. Entretanto, freqüentar os mesmos ambientes e manter contato com as mesmas pessoas com quem usava o crack inviabiliza a recuperação.

Como a família deve proceder antes, durante e ao término do tratamento? Como agir em situações sociais, como festas familiares?

A família deve estar ao lado do usuário, apoiando-o - sem se submeter a chantagens e tampouco submetê-lo a pressões indevidas e ameaças infundadas. A firmeza e coerência de atitudes dos familiares são essenciais. Mas não existe uma fórmula que se possa oferecer para um usuário de crack ou para a família. Tirar o indivíduo das companhias e do ambiente é uma solução, mas não a única. Se o dependente permanece em sua residência durante o tratamento dificilmente será possível afastar-se totalmente, pois vai precisar muito acompanhamento da família, muito monitoramento, o que nem sempre é possível.

O dependente em tratamento pode fazer uso moderado de álcool, em situações sociais?

Em princípio, sim, desde que não coexista também uma síndrome de dependência do álcool. Desde que ele não seja dependente de álcool, ele consegue tomar uma dose e parar por ali. Isso não leva necessariamente o indivíduo a usar crack. A questão é que grande parte dos usuários de crack é dependente ou usuário pesado de álcool

Um dependente de crack consegue se recuperar completamente da dependência? Quais são as chances reais de sucesso do tratamento?

A dependência envolve complexos mecanismos cerebrais, psicológicos e sociais. Com o tratamento adequado a cada caso, e em presença de uma real vontade de deixar de usar a droga, a recuperação é perfeitamente viável.

O que fazer quando o dependente não quer parar de usar a droga e não aceita ajuda?

Não se pode submeter ninguém a um tratamento involuntário, a menos que esteja intoxicado e representando uma ameaça e um risco para si mesmo e para os demais. Nestes casos pode-se conseguir uma ordem judicial de tratamento e, eventualmente, internação.

Qual a razão do alto índice de recaídas entre usuários de crack? Quais fatores ou situações levam o dependente em tratamento a recaídas, mesmo após a fase de desintoxicação?

Não há estudos suficientes que permitam estimar as taxas de recaída entre usuários de crack, em geral, nem por tipos específicos de tratamento. O que se sabe é que a ausência de um sistema sosiossanitário articulado que responda às necessidades desses usuários  pode contribuir para baixas taxas de sucesso terapêutico. A desintoxicação, apenas, tem seu papel, no sentido de reduzir os danos a que está sujeito o usuário, mas é uma contribuição modesta. Um sólido sistema de apoio médico, psiquiátrico, social e psicológico é essencial para o sucesso de um programa terapêutico, de reabilitação e reinserção social.

Como avaliar os resultados de um tratamento? Como saber se o usuário está recuperado da dependência?

O resultado do tratamento do crack é baseado em dois critérios fundamentais: a abstinência da droga e o grau de reinserção social.

Qual é o segredo, a chave do sucesso para uma superação real?

A vontade de se afastar e permanecer afastado da droga, o apoio social (da família e dos amigos) e um bom sistema sócio-sanitário, que responda às reais necessidades do dependente

FONTE: http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/superacao/recuperacao

CRACK - como surgiu

Como Surgiu

Cracolândia 
Vista da Rua dos Gusmões, na região da "Cracolândia" 
 Crédito da imagem: Evelson de Freitas
O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 em bairros pobres de Nova Iorque, Los Angeles e Miami. O baixo preço da droga e a possibilidade de fabricação caseira atraíram consumidores que não podiam comprar cocaína refinada, mais cara e, por isso, de difícil acesso. Aos jovens atraídos pelo custo da droga juntaram-se usuários de cocaína injetável, que viram no crack uma opção com efeitos igualmente intensos, porém sem risco de contaminação pelo vírus da Aids, que se tornou epidemia na época.

No Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo. “O consumo do crack se alastrou no País por ser uma droga de custo mais baixo que o cloridrato de coca, a cocaína refinada (em pó). Para produzir o crack, os traficantes utilizam menos produtos químicos para fabricação, o que a torna mais barata", explica Oslain Santana, diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.

Segundo estudo dos pesquisadores Solange Nappo e Lúcio Garcia de Oliveira, ambos da Universidade Federal de são Paulo (Unifesp), o primeiro relato do uso do crack em São Paulo aconteceu em 1989. Dois anos depois, em 1991, houve a primeira apreensão da droga, que avançou rapidamente: de 204 registros de apreensões em 1993 para 1.906 casos em 1995. Para popularizar o crack e aquecer as vendas, os traficantes esgotavam as reservas de outras drogas nos pontos de distribuição, disponibilizando apenas as pedras. Logo, diante da falta de alternativas, os usuários foram obrigados a optar e aderir ao uso.

Hoje, a droga está presente nos principais centros urbanos do País. Os dados mais recentes sobre o consumo do crack estão sendo coletados e indicarão as principais regiões afetadas, bem como o perfil do usuário. Segundo, no entanto, pesquisa domiciliar realizada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD, em parceria com o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) em 2005, 0,1% da população brasileira consumia a droga.

fonte: http://www.brasil.gov.br/crackepossivelvencer/a-droga/como-surgiu

Crack - Fatores de Risco

Fatores de risco

Curiosidade pela experiência, influência do meio e de questões psicológicas e sociais são algumas situações que podem levar ao consumo do crack. Droga de efeito rápido e intenso, o crack leva o usuário rapidamente à dependência e, por isso, é fundamental prevenir o seu consumo. Veja no infográfico abaixo quais são os principais fatores de risco para o uso do crack.




 fonte: http://www.brasil.gov.br/crackepossivelvencer/a-droga


Crack - Sinais de dependência

Sinais de dependência-Como saber se uma pessoa próxima está usando crack

O usuário de crack apresenta mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e aparência física. Um dos sintomas físicos mais comuns que ajudam a identificar o uso da droga é a redução drástica do apetite, que leva à perda de peso rápida e acentuada – em um mês de uso contínuo, o usuário pode emagrecer até 10 quilos. Fraqueza, desnutrição e aparência de cansaço físico também são sintomas relacionados à perda de apetite.

Ilustração:  jovem comprando a droga
Crédito da imagem: Portal Brasil

É comum ainda que o usuário tenha insônia enquanto está sob o efeito do crack, assim como sonolência nos períodos sem a droga. “Os períodos utilizando a droga prolongam-se e os usuários começam a ficar períodos maiores fora de casa, gastando, em média, três dias e noites inteiros destinados ao consumo do crack. Neste contexto, atividades como alimentação, higiene pessoal e sono são completamente abandonadas, comprometendo gravemente o estado físico do usuário”, afirma o psiquiatra Felix Kessler.


Sinais físicos como queimaduras e bolhas no rosto, lábios, dedos e mãos podem ser sinais do uso da droga, em função da alta temperatura que a queima da pedra requer. “Também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares involuntárias e problemas na gengiva e nos dentes”, aponta Fátima Sudbrack, coordenadora do Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB).

Comportamento

Falta de atenção e concentração são sintomas comuns, que levam o usuário de crack a deixar de cumprir atividades rotineiras, como freqüentar trabalho e escola ou conviver com a família e amigos. “O dependente apresenta algumas atitudes características, como mentir e ter dificuldades de estabelecer e manter relações afetivas. Muitas vezes apresenta comportamentos atípicos e repetitivos, como abrir e fechar portas e janelas ou apagar e acender luzes”, afirma Laura Fracasso, psicóloga da Instituição Padre Haroldo.

O usuário de crack também pode experimentar alucinações, sensações de perseguição (paranóia) e episódios de ansiedade que podem culminar em ataques de pânico, por exemplo. Isolamento e conflitos familiares são comuns. O dependente pode, ainda, passar a furtar objetos de valor de sua própria casa ou trabalho para comprar e consumir a droga. “O humor pode ficar desequilibrado em função do uso ou falta da droga. O usuário alterna entre estados de apatia e agitação”, diz Fátima Sudbrack.










 Saiba como ajudar alguém com problemas com drogas.

fonte: http://www.brasil.gov.br/crackepossivelvencer/a-droga/sinais-de-dependencia

CRACK - Verdade e Mitos

A Droga -Verdades e Mitos

Verdades e mitos sobre o crack
Não há comprovação científica de que bebês expostos ao crack durante o período fetal desenvolvam abstinência na ausência do crack

Crédito da imagem: Ricardo Stuckert/Lua Nova
O crack gera dependência logo na primeira experiência. Verdade ou mito?
 
Mito. Apesar de ser absorvido quase totalmente pelo organismo, apenas o uso recorrente do crack causa dependência. Diferentemente de outras drogas, entretanto, o crack causa sensações intensas e desagradáveis quando seus efeitos passam, o que leva o usuário a repetir o uso. Esta repetição, junto com o efeito potente da droga, leva o usuário a ficar dependente de forma mais rápida.
 
O crack só atinge a população de baixa renda. Verdade ou mito?
 
Mito. O crack foi considerado inicialmente uma droga “de rua”. Por ser barata e inibir a fome, muitos moradores de rua e pessoas em situação de miséria recorrem à droga como medida paliativa. O contexto social do usuário também é um fator agravante - é mais comum uma pessoa se tornar usuária de crack quando o meio social facilita o acesso. Apesar disso, hoje o crack atinge todas as camadas sociais. 

O usuário corre mais risco de contrair DSTs/AIDS. Verdade ou mito?
 
Verdade. Isso ocorre porque os usuários da droga costumam adotar comportamentos de risco, como praticar sexo sem proteção. Influenciados pela necessidade de consumir o crack, muitos usuários crônicos também recorrem à prostituição para conseguir a droga. 

“Meu filho consome crack e eu penso em denunciar o traficante. Nesse caso, meu filho será penalizado também”. Verdade ou mito?
 
Mito. A pessoa que denunciar o traficante tem sua identidade preservada pelas autoridades policiais, portanto, seu filho usuário não será exposto. Porém, apesar da lei de drogas prever que o uso de drogas não seja punido com restrição de liberdade, o porte de drogas continua sendo crime no Brasil. 

O médico é obrigado a notificar a polícia quando atende um usuário em situação de intoxicação aguda. Verdade ou mito?
 
Mito. A legislação brasileira não obriga profissionais da área médica a notificar a polícia sobre os atendimentos realizados a usuários de drogas em situação de intoxicação aguda. As autoridades policiais são chamadas apenas em casos extremos, em que o comportamento do paciente põe em risco sua própria integridade física ou a saúde de terceiros.

fonte: http://www.brasil.gov.br/crackepossivelvencer/a-droga/verdades-e-mitos